30 de julho de 2007

Figuras

Não deve ter sido fácil - que "crente" que eu serei! - para os correligionários do Dr. Marques Mendes, candidato a suceder-se nas respectivas funções no PSD, vê-lo "cair" no Chão da Lagoa, despencado das abas dos chapéus carnavalescos - o dele e o do "dono" da Madeira - para mendigar os votos que lhe irão garantir a vitória sobre o presidente da minha Gaia querida!
Nunca me daria à inutilidade de comentar os respectivos discursos na romaria anual daquela ilha linda, não fora a coincidência de, apesar dos pesares, o defensor acérrimo da ética, da legalidade, quiçá "até" dos bons costumes (de quem?...) não ter evidenciado qualquer esforço para estar em sintonia com os dislates do "eterno Alberto João", tão previsíveis quanto impróprios para um político que se diz "culto" mas teima em contradizer tal presunção, romaria após romaria, despejando sobre "os de Lisboa" - políticos, jornalistas, o sr. silva, o sr. pinto de sousa ou seja quem for que considere tentar afrontá-lo... - os adjectivos mais indecorosos que o seu dicionário lhe vai ditando...
Ele até poderá, quantas vezes (?!)ter razão nas suas reivindicações - "os ditos de Lisboa" não são nenhuns inocentes, convenhamos e, por muito que lhes "custe" admiti-lo, bem invejam a longevidade política do sr. jardim... - só que, pela forma arruaceira como atira os pontos para os iis, quero crer que só por instinto de defesa dos madeirenses ainda os convence da sua justeza.

24 de julho de 2007

Teimando

Bom dia, já não é tarde!
Ainda a vida tenta impôr-se no incerto do novo dia, já me parece que tudo passou, ainda por cima ao lado de mim, sem um esboço de gesto, sequer. É o corropio constante dos minutos, a avalanche de dúvidas sobre cada sim, ou não, ou talvez, enfim, a decisão sobre o instante que não pode ficar só por aí!
Parece complicado, talvez até seja, só que num país em que cada amanhã pode vir a desmentir todos os "hoje", cada ontem corre o risco de NUNCA ter existido, cada sim pode afinal ter querido expressar um rotundo não, para onde devemos OLHAR? Ou será que apenas devemos ver com os olhos dos iluminados pela paisagem dita democrática, aí já negação de si mesma, aí já delapidada da sua razão de ser? Ou será preciso, cada vez mais, dizer efectivamente não às mentiras ditas verdades, às afirmações de apenas intenções, aos projectos apenas fachada?
Eu quero pensar que ainda é possível gritar a verdade, ou o que dela podemos abordar, a espaços que seja, para afirmar o direito a ser!

Em tempo de férias

Ainda não sou eu, mas esses dias virão, assim o espero!
Até lá, o silêncio de alguns espaços, agora com a vida entre parêntesis, transporta ao presente memórias de outras férias que, de tão alegres e sadiamente vividas, confortam os dias que faltam para as substituir - e hão-de ser ainda melhores!
O silêncio, esse companheiro inseparável de momentos de criatividade, de viagens mágicas aos mais recônditos espaços do universo, de paragens que fazem renovar o tempo do "eu", alongar os segundos do hoje ou soar os ecos de amanhãs talvez já vividos é, estou certo, fonte inesgotável de energia e vivacidade, porque íntimo da relação entre mim e eu-mesmo.
Silêncio e férias, é um facto, nem sempre fazem boa vizinhança; talvez, até, para muitos, coabitando, possam prejudicar-se mutuamente! Para mim, porém, um e outras, para o serem, terão que compartilhar o seu tempo e dividi-lo, comigo, à medida dO MEU TEMPO!