16 de janeiro de 2014

Devagar que tenho pressa!

Sempre às voltas com o “problema” tempo, sou levado a pensar que a solução estará tão dentro, tão dentro que, por mais que queira, não a vislumbro! Ou, talvez, tão à vista, tão ali ao pé, tão a jeito de quem queira, efectivamente, resolver que é possível que a chave esteja “aí”, no… “querer”!
Que o conceito de tempo leva “tempo” a discutir, parece-me evidente; que tudo se complica se, ao tentar compreender este, aparecem outros mais – por exemplo o de posse: “ter”… “agarrar”… – e não estaremos senão a tentar “explicar” o momento, pressupondo que, pelo menos metodologicamente, tal abordagem “toca” algo compreensível…
“Tocá-lo”, “agarrá-lo”… será desafio talvez mais aliciante que tentar “compreendê-lo”… mesmo arriscando “perdê-lo”… de vez! “Tê-lo” presente, no presente porém, ininterruptamente, passando…
… depressa? Devagar? … Sem dúvida, o “seu”…! (… tempo, obviamente!)

 (pausa para “ganhar tempo”!?)

Foto " # ", de Gui Oliveira, in Olhares

Sem que alguma vez me tenha faltado “tempo” …

(ou será… assunto?!)

… para trocar estas ideias, resolvi partilhar a convicção de que, da interacção de pensares distintos, ainda que “só por instantes”, podem nascer outro tempo, outros instantes, quiçá novos porque sempre se renovando, na vida que com os mesmos se vai preenchendo, na apressada correria dos dias! E a quase certeza de que depressa, é… “apenas” algum tempo… ganho, ou perdido ou… “simplesmente”, vivido!

(FIM?...)

Joaquim do Carmo in "Nas Entrelinhas do Tempo" (a publicar)