11 de março de 2010

homenagem a Sebastião Alba

"Sou quem os que amo (ou detesto) pensam de mim"
  Sebastião Alba

NINGUÉM MEU AMOR

Ninguém meu amor
ninguém como nós conhece o sol
Podem utilizá-lo nos espelhos
apagar com ele
os barcos de papel dos nossos lagos
podem obrigá-lo a parar
à entrada das casas mais baixas
podem ainda fazer
com que a noite gravite
hoje do mesmo lado
Mas ninguém meu amor
ninguém como nós conhece o sol
Até que o sol degole
o horizonte em que um a um
nos deitam 
vendando-nos os olhos



in O Poema: Sebastião Alba
http://www.culturapara.art.br/opoema/sebastiaoalba/sebastiaoalba.html

Foto: "Lost Tracks", Ju


4 comentários:

Valquíria Calado disse...

...ninguém meu amor conhece o destino do sol; após horizonte continua a brilhar, ñ para nós mas pra outros que esperam ver caminhos luminosos... ninguém meu amor conhece de onde veio o brilho da lua em sua frieza e o cintilar de estrelas que nos encantam em suaves e doces noites de solidão...
ninguém meu amor conhece o segredo dos corações. bjs

Lídia Borges disse...

Que interessante! Sebastião Alba...

Tenho este mesmo poema no meu blogue, embora esteja lá muito ao fundo.
Acho-o lindíssimo.

Obrigada!

Anderson Fabiano disse...

quicas, parceiro,
só mesmo de um coração iluminado como o teu poderia partir tão linda homenagem.
essas letras brilharam aqui, tal qual o sol que elas cantaram.
meu carinho,
anderson fabiano

Joaquim do Carmo disse...

Olá meus amigos e amigas, obrigado por se unirem a este humilde gesto de homenagem ao poeta Sebastião Alba!
Bem hajam