21 de junho de 2011

Saudade



De que me serve esta vida
Longe de ti, meu amor,
Se alegrar-me gera a dor,
Se sorrir me faz ferida?

De que me serve, num grito,
Chamar por ti, com ardor,
Se não tenho o teu calor,
Se não vens valer-me, aflito?

De que me serve a saudade
E as chagas de seus espinhos:
A tristeza, a solidão?

Como sentir felicidade
Se não tenho teus carinhos
E é longe o teu coração?

Foto: “Esticão”, de Gui Oliveira (http://olhares.sapo.pt/esticao-foto1955774.html)

Amigos
Vou estar ausente por alguns dias, perdoem não vos visitar com assiduidade.
Deixo-vos com um dos primeiros sonetos que escrevi, em 1974.
Até Julho!

1 comentário:

Penélope disse...

Que poema belo, meu amigo...
A saudade permeia o caminho de todos os seres em algum momento da VIDA ou em vários...
E quando o coração é longe... aí dói mais, bem mais...
Abraço