11 de janeiro de 2008

de mim para mim

Pensava já perceber alguma coisa àcerca da natureza humana, do amor, da paz e da guerra, da política, do devir... quanta presunção!

Estava enganado, convencido, iludido ou, antes, distraído?...

Estava? Estou!

Estou por aqui à procura do que vem de dentro de mim há tanto tempo, ainda, sempre, e distraio-me tanto, cada vez mais!

Pensava já perceber alguma coisa àcerca de mim... será que estou mesmo distraído?!

Foto: "A Torre", Gui Oliveira

4 comentários:

Hugo Carmo disse...

Estivessemos nós distraidos e não nos perguntávamos sobre o que pensamos e sentimos.
Existirmos não significa apenas que nos demos conta da nossa existência, de facto. Qual a verdadeira consciência do "eu"? Podemos ouvir os outros e falar-lhes... dizemos algo que lhes faça entender que existimos? Esses com quem falamos, existem na nossa vida?
O facto de nos olharmos, em busca da nossa marca na vida, a nossa e/ou a de outros, mostra que entre distracções, sabemos que ainda existimos, para nõs!
Então há o sossego, aquele "OK" de feed-back, ainda estou aqui... que me trará a vida ainda para aprender? Espero não me distrair demais!

Anónimo disse...

Hugo, gostei da forma como interiorizaste os pensamentos que, "distraído" ou, quem sabe, "quase atento", partilhei neste espaço... Estás mais atento do que se possa pensar!

Buh disse...

Pensamos, realmente, mas se nos perguntamos o porquê de existirmos, o porquê de aqui estarmos, se são tantos e de tal forma infindáveis os porquês, não será esse um sinal de que estamos, então realmente distraídos?

É com imensa curiosidade que busco, com toda a atenção que consigo compilar na minha existência, as respostas para os pontos de interrogação que me barram o caminho...

Ainda assim, não deixo de me distrair, de me evadir (ou será antes invadir?) de sentimentos que me distraem, que me (des)orientam por outros rumos.

Chego, então, à conclusão que afinal não sei se ando atenta ou distraída, forma-se outra interrogação.

De resto, ou alma deambulante, com ou sem razão.

Anónimo disse...

... deambulante, que seja com razão! E atenta!
Beijos