14 de janeiro de 2008

Ventos e marés

... e recomeçar! De cada vez com ainda mais afinco, persistência, paciência também, que isto de "andar à bolina" não é para qualquer um!

Os ventos sopram a seu belo prazer - se é que também eles se movem por esses caminhos! - mas as velas, se inteiras e sabiamente manipuladas, hão-de levar-nos a destinos seguros!

As noites, longas e sombrias, hão-de por certo aportar em dias novos, sorridentes, grávidos de esperança, renovados!

A vida, a cada suspiro, há-de trazer consigo outras forças, outros ventos, mais marés, outras descobertas!

E o futuro, em cada momento, feito hoje!
Foto de Gui Oliveira



“… à procura, procura do vento. Porque a minha vontade tem o tamanho de uma lei da terra. Porque a minha força determina a passagem do tempo. Eu quero. Eu sou capaz de lançar um grito para dentro de mim, que arranca árvores pelas raízes, que explode veias em todos os corpos, que trespassa o mundo. Eu sou capaz de correr através desse grito, à sua velocidade, contra tudo o que se lança para deter-me, contra tudo o que se lança no meu caminho, contra mim próprio. Eu quero. Eu sou capaz de expulsar o sol da minha pele, de vencê-lo mais uma vez e sempre. Porque a minha vontade me regenera, faz-me renascer, renascer. Porque a minha força é imortal.”
José Luís Peixoto in "Cemitério de Pianos"

2 comentários:

Buh disse...

Espírito inquieto
A tudo atento
Para tudo desperto
Tudo observas
Tudo vigias
Na expectativa
Talvez na esperança
De que algo de novo surja
De que um sonho se realize
Ou talvez de nada
Que a paz te devolva
E o caminho te assegure…


____


há muito que o escrevi...só não sabia que um dia tão bem te iria descrever...

Beijo*

Anónimo disse...

Escreve mais, mais vezes, mais sempre...
... e irás fazendo sempre novas descobertas!
Beijos.