Bravias, mansas, delírios de amor
Em peito ufano, feliz do encanto,
São melodias salgadas, de espanto,
Suaves salpicos de calma, ao calor.
Não são jardins, mal conhecem flor,
Inventam asas, perdem-se no encanto
Do vento norte, com seu triste pranto
E sobre a areia espraiam seu fragor.
Vivem da força, invisível, do vento,
Bebem, da lua, certeiras medidas
E, ao sol, escrevem reflexos brilhantes.
Nos dias longos não sentem que o tempo
Corre, sem parar, enlaçando vidas,
Casais jurando-se eternos amantes.
Foto da Joana (http://olhares.aeiou.pt/juaninha8)
Este soneto mereceu uma Menção Honrosa no Concurso "A poesia ao encontro do tempo", organizado pelo Centro de Cultura de Campos.
2 comentários:
Parabéns...Gosto também de Pedro Barroso...
Abraço
Parabéns e felicidades.
Maria luísa
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