Na tua saia de pregas
Azul, de linho tecida,
Entrevi todo o encanto,
Que teus cabelos, um dia,
Me desvelaram, no espanto
De um olhar de céu aberto
Ah, doce e terna magia,
Que à noite escura alumia!
Tua blusa branca, suave
Da seda que à pele vestia
Nunca esconderia a graça
Do leve andar e a beleza
Do sorriso que teu rosto,
Iluminado de sonhos,
De amor, sol e fantasia
Aos meus olhos prometia!
Do verde, o brilho roubavas
Me enchendo o peito de esperança.
À lua, a vida ensinavas
E, até mesmo à Primavera,
Seus botões abrindo em flores
Nos jardins, incendiados
Por teu olhar e calor,
Renovavas o fulgor!
Poderia ter morrido
Ali mesmo nesse dia
Certo que a vida, entretanto,
Nada mais podia dar-me
Tal que de ti me esquecesse!
Te encontrei e, feito escravo
De teu amor, na verdade
Renasci, que felicidade!
Foto: Google Imagens
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